O que Deus tem a ver com meu dinheiro?

por:
Roberto Kenji

06 de Abril de 2021

Muito de Life Escolha do Editor

Premissa equivocada

A pessoa que faz essa pergunta tem o seguinte pressuposto: o dinheiro é DELA.

Pela pergunta, parece que Deus e dinheiro estão dissociados. Quero trabalhar justamente essa questão através de versos bíblicos.

Pois “do Senhor é a terra e tudo que nela há”. – 1 Coríntios 10:26

Se tudo é do Senhor, será que seu dinheiro é seu 100%?

E será que você não terá que prestar contas a Ele pela forma que você administra?

Nos versos anteriores, o apóstolo adverte: "Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo é permitido”, mas nem tudo traz benefícios. – 1 Coríntios 10:23

Esta afirmação vale, também, para as finanças pessoais. Você pode fazer qualquer coisa com o dinheiro que está em posse, mas nem tudo convém

Portanto, pondere seus gastos e use com sabedoria. Não gaste somente para o benefício próprio, mas tenha em vista o benefício aos outros.

Caso contrário, centrar-se no seu microcosmo (vulgo mundinho) traz uma visão míope em relação ao dinheiro, à mordomia e ao Senhor do universo.

Base da riqueza

Na verdade, esse versículo de 1Co 10:26 é uma citação do Salmos 24:

A terra e tudo que nela há são do SENHOR;
o mundo e todos os seus habitantes lhe pertencem.
Salmos 24:1

Quando o salmista declara “a terra e tudo que nele há” se refere ao “mundo e todos os seus habitantes”. Ou seja, VOCÊ pertence a Deus e não somente o seu dinheiro.

Agora, responda por si: eu posso falar que é meu dinheiro, se tudo pertence a Deus? Inclusive eu mesmo?

O autor desse salmo foi o rei Davi, grande rei do Antigo Testamento. E ele fala mais uma coisa interessante no livro de Crônicas.

Mas quem sou eu, e quem é meu povo, para que pudéssemos te dar alguma coisa? Tudo que temos vem de ti, e demos apenas o que primeiro de ti recebemos!
1 Crônicas 29:14

Ele lembra que na verdade tudo vem de Deus. Tudo que está sob a nossa posse vem dele.

A fonte de qualquer tipo de riqueza é o Senhor, e nós somos meros mordomos.

E muita atenção, seria melhor mudar este conceito de mordomia e administração financeira o quanto antes porque o tempo voa.

O rei Davi também vê a nossa vida aqui na Terra como se fosse uma breve passagem.

Somos estrangeiros e peregrinos na terra, como nossos antepassados antes de nós. Nossos dias na terra são como uma sombra, passam rápido, sem deixar vestígio.
1 Crônicas 29:15

É interessante que ele fala "primeiro de ti recebemos". Isto significa que todos os bens que estão conosco foram uma dádiva divina.

Limitação do dízimo

Então, quando se trata de dízimo, seria a décima parte que o povo “devolve” para Deus a fim de manter os rituais do templo no Antigo Testamento. No nosso caso, seria para manter o culto e todas ministrações na igreja, inclusive o pagamento ao pastor e as contas básicas de consumo. 

No entanto, as finanças pessoais do cristão não se limitam ao dízimo. 

Será que se você der 10% da renda, já não prestaria mais conta de nada? Será que você não deve prestar contas com o restante do seu dinheiro, a ver, os outros 90% que você reteve?

E será que os 90% não pertencem a Deus mas estão apenas sob os seus cuidados para serem usados de maneira que honre a Deus?

O que você faz com o restante dos 90% é tão importante quanto o dízimo.

Portanto, achar que Deus não tem mais nada a ver com o restante do dinheiro é o grande perigo do cristão.

Excluir Deus da equação e das decisões financeiras te torna um servo infiel. 

“Se forem fiéis nas pequenas coisas, também o serão nas grandes. Mas, se forem desonestos nas pequenas coisas, também o serão nas maiores.
E, se vocês não são confiáveis ao lidar com a riqueza injusta deste mundo, quem lhes confiará a verdadeira riqueza?
E, se não são fiéis com os bens dos outros, por que alguém lhes confiaria o que é de vocês?”
Lucas 16:10-12

E não se trata de organizar bem suas finanças, ter um bom orçamento mensal e fazer investimentos recorrentes. O escopo é maior.

Afluência financeira

O fluxo que você gera no uso do dinheiro está atrelado aos propósitos de Deus?

Reflita como a sua administração tem contribuído para manifestar o Reino, expandir o Evangelho e trazer a Redenção a este mundo.

Não viva só acumulando dinheiro, senão se tornará como o Mar Morto. Só receber sem escoar o deixa sem vida. Sem fluxo, resta a morte.

A pergunta correta

A pessoa que fez a pergunta no início “o que Deus tem a ver com o meu dinheiro?” entendeu que não se trata do “meu dinheiro”. 

A pergunta correta de quem tem a verdadeira cosmovisão bíblica é “o que eu tenho a ver com os pertences de Deus?”.

Esta é a pergunta que amplia o seu microcosmo e se conecta aos outros em prol dos propósitos divinos. 

A verdade o liberta da possessividade para obter um tesouro celestial, a verdadeira riqueza para uma vida próspera.

Quer saber como elaborar um Planejamento Financeiro baseado nos Princípios Bíblicos?

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E-mail: roberto.kenji@lifefp.com.br

Site profissional: www.lifefp.com.br/roberto-kenji

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Roberto Kenji é planejador financeiro na Life Finanças Pessoais, a primeira e maior empresa de planejamento de vida e finanças pessoais com foco em aumentar a Qualidade de Vida. Composta por um time de planejadores com uso de metodologia e plataforma própria digital.

Formado em Engenharia Naval pela POLI/USP, intercâmbio em Engenharia Industrial no INSA (Lyon) e mestrado no Seminário Teológico Servo de Cristo. Possui a Certificação CFP® (Certified Financial Planner) e palestrou em eventos (Google for Startup Campus, DOW e entre outros).

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