A pessoa que faz essa pergunta tem o seguinte pressuposto: o dinheiro é DELA.
Pela pergunta, parece que Deus e dinheiro estão dissociados. Quero trabalhar justamente essa questão através de versos bíblicos.
Se tudo é do Senhor, será que seu dinheiro é seu 100%?
E será que você não terá que prestar contas a Ele pela forma que você administra?
Nos versos anteriores, o apóstolo adverte: "Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo é permitido”, mas nem tudo traz benefícios. – 1 Coríntios 10:23
Esta afirmação vale, também, para as finanças pessoais. Você pode fazer qualquer coisa com o dinheiro que está em posse, mas nem tudo convém.
Portanto, pondere seus gastos e use com sabedoria. Não gaste somente para o benefício próprio, mas tenha em vista o benefício aos outros.
Caso contrário, centrar-se no seu microcosmo (vulgo mundinho) traz uma visão míope em relação ao dinheiro, à mordomia e ao Senhor do universo.
Na verdade, esse versículo de 1Co 10:26 é uma citação do Salmos 24:
Quando o salmista declara “a terra e tudo que nele há” se refere ao “mundo e todos os seus habitantes”. Ou seja, VOCÊ pertence a Deus e não somente o seu dinheiro.
Agora, responda por si: eu posso falar que é meu dinheiro, se tudo pertence a Deus? Inclusive eu mesmo?
O autor desse salmo foi o rei Davi, grande rei do Antigo Testamento. E ele fala mais uma coisa interessante no livro de Crônicas.
Ele lembra que na verdade tudo vem de Deus. Tudo que está sob a nossa posse vem dele.
A fonte de qualquer tipo de riqueza é o Senhor, e nós somos meros mordomos.
E muita atenção, seria melhor mudar este conceito de mordomia e administração financeira o quanto antes porque o tempo voa.
O rei Davi também vê a nossa vida aqui na Terra como se fosse uma breve passagem.
É interessante que ele fala "primeiro de ti recebemos". Isto significa que todos os bens que estão conosco foram uma dádiva divina.
Então, quando se trata de dízimo, seria a décima parte que o povo “devolve” para Deus a fim de manter os rituais do templo no Antigo Testamento. No nosso caso, seria para manter o culto e todas ministrações na igreja, inclusive o pagamento ao pastor e as contas básicas de consumo.
No entanto, as finanças pessoais do cristão não se limitam ao dízimo.
Será que se você der 10% da renda, já não prestaria mais conta de nada? Será que você não deve prestar contas com o restante do seu dinheiro, a ver, os outros 90% que você reteve?
E será que os 90% não pertencem a Deus mas estão apenas sob os seus cuidados para serem usados de maneira que honre a Deus?
O que você faz com o restante dos 90% é tão importante quanto o dízimo.
Portanto, achar que Deus não tem mais nada a ver com o restante do dinheiro é o grande perigo do cristão.
Excluir Deus da equação e das decisões financeiras te torna um servo infiel.
E não se trata de organizar bem suas finanças, ter um bom orçamento mensal e fazer investimentos recorrentes. O escopo é maior.
O fluxo que você gera no uso do dinheiro está atrelado aos propósitos de Deus?
Reflita como a sua administração tem contribuído para manifestar o Reino, expandir o Evangelho e trazer a Redenção a este mundo.
Não viva só acumulando dinheiro, senão se tornará como o Mar Morto. Só receber sem escoar o deixa sem vida. Sem fluxo, resta a morte.
A pessoa que fez a pergunta no início “o que Deus tem a ver com o meu dinheiro?” entendeu que não se trata do “meu dinheiro”.
A pergunta correta de quem tem a verdadeira cosmovisão bíblica é “o que eu tenho a ver com os pertences de Deus?”.
Esta é a pergunta que amplia o seu microcosmo e se conecta aos outros em prol dos propósitos divinos.
A verdade o liberta da possessividade para obter um tesouro celestial, a verdadeira riqueza para uma vida próspera.
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Roberto Kenji é planejador financeiro na Life Finanças Pessoais, a primeira e maior empresa de planejamento de vida e finanças pessoais com foco em aumentar a Qualidade de Vida. Composta por um time de planejadores com uso de metodologia e plataforma própria digital.
Formado em Engenharia Naval pela POLI/USP, intercâmbio em Engenharia Industrial no INSA (Lyon) e mestrado no Seminário Teológico Servo de Cristo. Possui a Certificação CFP® (Certified Financial Planner) e palestrou em eventos (Google for Startup Campus, DOW e entre outros).